Alguns trabalhos de investigação têm reunido dados que demonstram diferenças significativas entre os níveis de nutrientes presentes nos alimentos biológicos e nos alimentos produzidos convencionalmente.
Num estudo desenvolvido na Califórnia, EUA, concluiu-se que determinados alimentos vegetais desenvolvidos pelo modo de produção biológico apresentam níveis superiores de flavonóides do que os desenvolvidos pelo processo convencional.
Os flavonóides são um grupo de compostos químicos, na sua maioria antioxidantes, com um importante papel, já demonstrado, para a diminuição da pressão sanguínea e do risco de doenças cardíacas. Estes compostos estão também relacionados como reduzidas taxas de determinados tipos cancro e de demência.
A investigação foi desenvolvida ao longo de dez anos, comparando tomates biológicos com tomates provenientes de uma produção padrão e descobriu-se que os tomates biológicos apresentam quase o dobro dos níveis de flavonóides.
Os investigadores discutiram que esta diferença verificada poderá estar essencialmente ligada a distintas condições de azoto nos solos para os diferentes modos de produção, resultante das restrições em fertilizantes na agricultura biológica. A produção dos flavonóides em certas plantas é induzida como um mecanismo de defesa ao défice de nutrientes como o azoto no solo, uma situação evitada na agricultura convencional onde os nutrientes estão facilmente e excessivamente disponíveis.
Estes resultados são coerentes com um trabalho recente realizado na Europa, onde se determinaram níveis superiores de nutrientes em tomates, pêssegos e maçãs provenientes de agricultura biológica.
Fonte: Naturlink (11-07-2007)
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